A mudança de formato no consumo da música não é nenhuma novidade, o mercado experimentou isso com LPs, CDs, a chegada da MTV e estamos vivendo isso novamente com o streaming. A novidade é que o impacto dessa tecnologia é indiscutivelmente mais revolucionário do que o de formatos anteriores, porque mexe na forma de consumir e descobrir artistas e canções. Quem manda o recado é Mark Mulligan, que assina uma análise feita pela Midia Research, empresa que examina tendências no consumo da música. Ele analisou o Top 10 da Billboard entre julho de 2000 e julho de 2020 e chegou à conclusões que são bastante significativas. De acordo com o relatório, as músicas de sucesso estão ficando mais curtas. A duração média no ano 2000 era de 4 minutos e 22 segundos e agora está em 3 minutos e 42 segundos. Os hits estão se tornando mais homogêneos quando se trata de gênero. Basta dizer que o hip-hop domina o Top 10 hoje, representando cerca de 60% das posições. Há 20 anos, essa parte da parada era dividida igualmente entre pop, rock e R&B.
A análise traz dados ainda mais interessantes, como sobre as composições. Atualmente é preciso mais gente para escrever um sucesso, já que a média de compositores creditados em um hit de 2020 é de quatro e em 2000 era 2,4. Também há mais colaborações no Top 10 hoje em dia do que nunca. Em 2000, não havia tais músicas no Top 10 e hoje as colaborações representam 60%. “O tema dominante que sustenta essas mudanças no DNA dos hits é a redução do risco. Mais compositores, mais colaborações, canções mais curtas, introduções mais curtas, menos gêneros apontam para aprimorar uma fórmula, seguindo um projeto de sucesso. Essa evolução continuará a ganhar ritmo até que a próxima mudança de formato reescreva as regras”, diz Mark Mulligan.
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The format change in music consumption is nothing new, the market has experienced this with LPs, CDs, the arrival of MTV and we are experiencing it again with streaming. The novelty is that the impact of this technology is arguably more revolutionary than that of previous formats, because it affects the way of consuming and discovering artists and songs. The message is Mark Mulligan, who signs an analysis by Midia Research, a company that examines trends in music consumption. He analyzed the Billboard Top 10 between July 2000 and July 2020 and came to conclusions that are quite significant. According to the report, hit songs are getting shorter. The average duration in the year 2000 was 4 minutes and 22 seconds and is now 3 minutes and 42 seconds. The hits are becoming more homogeneous when it comes to gender. Suffice it to say that hip-hop dominates the Top 10 today, representing about 60% of the positions. Twenty years ago, this part of the chart was divided equally between pop, rock and R&B.
The analysis brings even more interesting data, as on the compositions. Nowadays it takes more people to write a success, since the average number of composers credited in a 2020 hit is four and in 2000 it was 2.4. There are also more collaborations in the Top 10 today than ever before. In 2000, there were no such songs in the Top 10 and today collaborations represent 60%. “The dominant theme behind these changes in the DNA of hits is risk reduction. More composers, more collaborations, shorter songs, shorter introductions, fewer genres aim to improve a formula, following a successful project. This evolution will continue to gain momentum until the next format change rewrites the rules, ”says Mark Mulligan.
LINK: https://www.midiaresearch.com/blog/how-the-dna-of-a-hit-has-changed-over-20-years